Ontem referi-me à extensão do conceito de Escola a Tempo Inteiro ao 2º ciclo tendo afirmado que os alunos já passam muito tempo na escola e temer alguns efeitos desta medida. Por coincidência, o DN de hoje mostra que, actualmente, um aluno de 6º ano, por exemplo, passa cerca de 39 horas na escola se não sair à hora de almoço, o que acontece a muitos. Se, como se pretende, as escolas organizarem as Actividades de Enriquecimento Curricular no período final do dia, os alunos estarão na escola entre as 8:30 e as 17:30, o que dá a bonita conta de 45 horas. Se avançar como previsto o chamado “apoio à família” para mais duas horas, 17:30 às 19:30, haverá alunos que estarão 55 horas, sim 55 horas na escola. Fantástico! Considerando que a CONFAP (representante dos pais) aplaude e afirma esta absoluta necessidade porque os pais trabalham, sugiro que se considere a possibilidade de as escolas poderem, em alguns dias da semana, funcionar até às 24 horas pois os pais também precisam de algum divertimento e vida cultural e não têm a quem deixar as crianças que sós não devem ficar por razões óbvias.
A sério, para resolver a enorme dificuldade dos pais não podemos exclusivamente aumentar o tempo de permanência dos alunos na escola. Temos necessária e urgentemente de alterar a organização do trabalho e das carreiras de modo a que tenhamos horários mais flexíveis e modalidades de prestação de serviços mais compatíveis com vida familiar de qualidade. Estas medidas teriam ainda, a experiência de outros países mostra isso, impacto na natalidade pois uma das mais fortes razões do abaixamento dos nascimentos é a incompatibilidade sentida entre a paternidade e a vida profissional tal como a temos organizada. Assim, temos que alterar esse modelo de organização em vez de deixar as crianças cada vez mais tempo na escola. Por mais entretidas que estejam.
A sério, para resolver a enorme dificuldade dos pais não podemos exclusivamente aumentar o tempo de permanência dos alunos na escola. Temos necessária e urgentemente de alterar a organização do trabalho e das carreiras de modo a que tenhamos horários mais flexíveis e modalidades de prestação de serviços mais compatíveis com vida familiar de qualidade. Estas medidas teriam ainda, a experiência de outros países mostra isso, impacto na natalidade pois uma das mais fortes razões do abaixamento dos nascimentos é a incompatibilidade sentida entre a paternidade e a vida profissional tal como a temos organizada. Assim, temos que alterar esse modelo de organização em vez de deixar as crianças cada vez mais tempo na escola. Por mais entretidas que estejam.
Não vejo problema nenhum em os jovens cumprirem 35 horas semanais nas instalações escolares.Poderia ser encarado como uma adaptação á sua futura vida profissional.
ResponderEliminarÉ evidente que requeria meios tecnicos de pedagogia, especializados na área do lazer; diversão e entretenimento, ou seja ocupações agradáveis sem perder de vista o intuito educacional.
Não só despreocupava um pouco os pais durante o dia de trabalho (talvez produzissem mais) como tirava alguns jovens da rua.
A rua e a falta de vigilância não é boa conselheira.
Enquanto a organização do trabalho e das carreiras (como o amigo diz) não permite horários mais flexíveis de modo a que os pais se organizem de maneira a zelarem melhor dos filhos, a escola a tempo inteiro poderia minimizar os riscos.
Prestação de serviços compatíveis com vida famíliar de qualidade, em Portugal e de modo generalizado, vamos estar de acordo; PERFEITA UTOPIA!!!
Saudações