AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quinta-feira, 7 de junho de 2007

COMPUTADORES E EDUCAÇÃO

A propósito da recente medida divulgada pelo governo, no sentido da promoção do acesso a computadores e à utilização da banda larga por parte de alunos e professores, um excerto de uma peça publicada no sítio www.educare.pt. que merece a atenção quer de fanáticos “high-tec”, quer de fundamentalistas do tipo “essas coisas só distraem os alunos”.

“Nos Estados Unidos a presença dos computadores nas salas de aulas não corre pelo melhor. No passado mês de Abril, o departamento de educação dos Estados Unidos realizou um estudo que acabaria por demonstrar que não havia diferenças ao nível de conhecimentos entre os alunos que utilizaram os computadores oferecidos, em contexto escolar, ao nível da matemática e da leitura, e os que não tiveram acesso a esses equipamentos. O desapontamento começa a subir de tom quando se constata que há escolas que gastam mais dinheiro na reparação dos portáteis do que em ensinar os professores a trabalhar com os novos materiais.
Já no Reino Unido, a realidade é um pouco diferente. A BECTA (British Educational Communications and Technology Agency), agência governamental que acompanha o processo de implementação das novas tecnologias de informação e comunicação nas escolas inglesas, elaborou um relatório sobre o impacto que essas tecnologias estão a ter no sistema educativo. De uma maneira geral, os resultados são positivos. O documento ressalta que as novas tecnologias estão a alterar métodos de aprendizagem tanto do lado dos professores como dos alunos que, em conjunto, descobriram na introdução desses novos mecanismos - portáteis, quadros interactivos e Internet -, um factor positivo, que altera o próprio processo de aprendizagem e motiva quem ensina e quem aprende. A desconfiança inicial dos professores foi substituída pelo optimismo. Os docentes identificam problemas e necessidades e procuram integrar as novas tecnologias em vários campos do saber. Uma tarefa que exige um compromisso da comunidade escolar e uma estratégia governamental planeada para garantir mudanças sustentadas. E mesmo os jogos, que poderiam ser motivo de distracção, são aproveitados para estimular o trabalho em equipa e explorar a informação como um processo evolutivo.”
Voltaremos a este tema um dia destes.

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