No Correio da Manhã de hoje é publicado um trabalho que revela aspectos sobre os quais não tinha, nem tenho, grande conhecimento e reflexão. Refere esse trabalho que as esmolas e donativos à Igreja Católica diminuíram cerca de 25% nos últimos três anos, embora em alguns locais de culto, como o Santuário de Fátima, a diminuição seja menos significativa.
Na opinião de alguns inquiridos, as principais razões radicam na crise económica, desemprego nas famílias e na implantação da moeda europeia. Se me parece razoável a referência à crise e ao desemprego, já me parece mais curioso o eventual efeito do euro relativo à sua utilização menos expedita, passados que estão cinco anos da sua entrada em vigor. Pareceu-me mais interessante ainda a afirmação do provedor da Santa Casa Misericórdia de Braga, “Quando mal chega o pão, corta-se na devoção”.
Esta ideia parece contrariar a ideia judaico-cristã de que as provações potenciam a religiosidade e entrega das pessoas o que transparece na conhecida afirmação “Só nos lembramos de Santa Bárbara quando faz trovoada”.
Parece que estamos a assistir a um de dois fenómenos ou à conjugação dos dois. Ou diminui a comunidade de doadores com reflexo no volume de doações, ou a comunidade católica parece menos crente e/ou interessada no investimento nas estruturas representativas da Igreja.
Sinal de conjuntura? Sinal de mudança? Crise de convicções?
(Foto de Fátima Gomes)
? ... [estou a meditar]
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