AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

quinta-feira, 12 de abril de 2007

À PROCURA DE UMA CRÓNICA POSITIVA


Hoje, durante a corrida que habitualmente marca o início das minhas manhãs, um dos companheiros, o meu amigo Oliveira, expressava a sua ideia de que estes textos têm andado por tons excessivamente pessimistas e direccionados para a nossa realidade social e política. Tem razão, mas quando se juntam estas duas dimensões da nossa vida actual, parece-me difícil um discurso optimista, ainda por cima, no dia a seguir a um dos mais patéticos episódios a que ultimamente assisti, a entrevista com o Primeiro-ministro.

Pensei, então, que hoje procuraria um registo mais simpático. A leitura da imprensa diária não ajudou em particular. Bom, é importante uma visão positiva sobre a evolução da nossa economia expressa pelo FMI. Posso sempre acreditar num bom desempenho do meu Benfica na Taça UEFA frente ao Espanhol de Barcelona. A ver vamos.

Com esta preocupação de procurar um solzinho que nos aqueça encostada a um canto, comecei a preparar um trabalho que tenho de fazer na próxima sexta, uma conversa com pais de crianças em idade de Jardim de Infância, dos três aos seis, sobre isso mesmo, ser pai, mãe, de gente nestas idades.

De repente percebi que, por hoje, estava aqui um excelente pretexto e contexto para uma ideia simpática. De facto, poder ajudar alguém que vai crescendo à nossa beira a ser gente, boa gente, é das experiências mais bonitas que nos pode acontecer e importa que corra bem. Os miúdos precisam de gente optimista à sua volta. Pais mais bem-dispostos têm filhos mais bem-dispostos e as relações entre eles ficam mais fáceis, mais positivas e mais contributivas para o bem-estar de todos. É disto que irei falar, de optimismo.
(Foto de Céu Guitart)

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