AS MINHAS CONVERSAS POR AÍ

sábado, 6 de abril de 2024

DEIXEM LÁ VER

 O novo Governo já tomou posse e na próxima semana conhecer-se-á o programa que, provavelmente, será viabilizado.

Umas notas relativas à educação. Como tem sido anunciado e seria previsível, o Ministério de Educação começará a negociação que desencadeie a reposição progressiva das perdas na carreira docente. Esta será a parte mais fácil e o tão referido excedente que talvez não seja assim tão excedente, permitirá acomodar a medida.

Apesar de se conhecerem os programas eleitorais, sabemos que … são apenas programas eleitorais, pelo que há que aguardar a divulgação e eventual aprovação do programa do governo.

Em matéria de políticas públicas de educação existem, como sempre, algumas dimensões cuja gestão e desenvolvimento é imperativo conhecer.

Sem hierarquizar ou esgotar vejamos alguns aspectos.

Qua ajustamentos podemos esperar nos modelos de formação, contratação, avaliação e carreira dos professores, bem como da sua valorização e capacidade de atracção.

Como evoluirá, ou não, a autonomia e o modelo de governança de escolas e agrupamentos.

O que poderemos esperar em matéria de municipalização da educação e o que acontecerá na área da transição digital que a transforme em ferramentas e não em problemas e excessos inúteis ou até com efeitos negativos.

Como será definida a imprescindível avaliação externa, provas de aferição, exames, em que anos com que contornos se realizarão ou não.

Que medidas ou orientações teremos, ou não, para minimizar a asfixiante carga de burocracia com que professores e escolas têm de lidar.

Que recursos e dispositivos poderão mobilizar as escolas no sentido de responder à diversidade de populações e alunos e às inúmeras situações de desigualdade de forma a promover sucesso e não a “fabricar” sucesso que não significa aprendizagem como a disparidade entre avaliação externa e interna frequentemente sugere.

Esta abordagem não é exaustiva e teremos de aguardar pelo programa do Governo e, sobretudo, pela sua operacionalização.

Como dizemos no Alentejo, deixem lá ver.

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