Um pouco mais cedo do tem sido
habitual nos últimos anos, o Outono está a chegar ao meu Alentejo. Nos últimos
dias caíram as primeiras águas.
A terra está a ficar mais branda,
vamos poder começar a fabricá-la que rapidamente vem o tempo de semear e
plantar.
Ontem olhava no alto lá do Monte
e admirava o milagre manso da mudança de cor.
Do castanho amarelado do restolho
seco começa a emergir o verde novo, viçoso e criador de esperança do pasto que
começa a nascer, a renascer. Daqui a poucos dias os campos vão ficar verdes, da
cor do limão como falava Camões.
Não ficam mais bonitos, ficam
diferentes. O Alentejo tem uma beleza de vários tons e de todos os tempos,
incluindo os tons do cante, a alma alentejana.
Sem comentários:
Enviar um comentário